Por Patricia Pacheco
Na madrugada de terça-feira, a região central da Itália foi atingida por um terremoto de 6.2, seguido por diversos abalos secundários, inclusive um de 4.4 registrado hoje, e que até o momento, de acordo com informações oficiais, deixaram ao menos 291 mortos. Uma corrente de solidariedade mobilizou o país e o mundo do futebol também prestou suas homenagens, com a triste exceção do Brasil, cuja ação foi proibida pela CBF.
A torcida do Bayern de Munique exibiu uma faixa: "Próximos à população de Marche, Umbria e Lazio", o ex-Milan Kevin-Prince Boateng, hoje no Las Palmas, comemorou o gol marcado exibindo uma camisa com “Forza Italia” e um minuto de silêncio foi respeitado no jogo entre Atlético Bilbao e Barcelona.
A Itália decretou luto nacional e antes das partidas das Series A e B foi respeitado um minuto de silêncio (ou de aplausos) em lembrança às vítimas. O grupo chinês Sunning, donos da Inter, fizeram uma doação de 200 mil euros. A Liga da Serie B arrecadará fundos por meio de um número solidário (45500) por meio do qual cada sms resultará na doação de 2 euros, além de liberar 20% de todo o total arrecado com os ingressos desta rodada para ajudarem na reconstrução das cidades.
Na Serie A os clubes fizeram contribuições de forma independente, doando parte do valor dos ingressos, caso de Napoli, Bologna e Fiorentina, que, em sinal de respeito, cancelou a festa planejada para comemorar os seus 90 anos. Da atual campeã Juventus surgiram ações pessoais, como as de Sami Khedira, que doou 20 mil euros à Cruz Vermelha. Na internet também está ocorrendo um leilão de artigos como uma camisa de Khedira, uma de Paulo Dybala, que vai leiloar também ingressos para o jogo da Champions League contra o Sevilla, e um jantar com o técnico Max Allegri. Todo o valor arrecadado com o leilão será enviado para ajudar a população afetada.
No Brasil, Fluminense e Palmeiras – fundado por italianos e cujo nome de origem era Palestra Itália - planejaram entrar em campo com um faixa para mostrar solidariedade, porém a iniciativa esbarrou na falta de sensibilidade da CBF, que impediu o gesto, de acordo com informações da ESPN Brasil, por não ter sido feita uma solicitação formal com dois dias de antecedência.